A expressão "calcanhar de Aquiles" é bem comum, você provavelmente já a utilizou em algum momento de sua vida. A própria Torre de Vigia deu uma breve definição na Sentinela de 15 de abril de 1999. Veja uma definição mais detalhada em um artigo da BBC Brasil.
Foram os argumentos de Carl Olof Jonsson sobre 1914 que deram o tiro de misericórdia em qualquer credibilidade que eu ainda depositava nas crenças TJs. Em meu livro dediquei um capítulo a explicar de forma menos acadêmica possível as provas apresentadas por Jonsson. Não sei quanto de eficiência consegui alcançar, não tenho como medir, mas já recebi algumas congratulações pelo desenvolvimento do assunto.
Com este tópico, quero desenvolver uma explicação mais básica possível, e conto, na medida do possível, com a colaboração dos colegas foristas. Se a explicação não for clara, que me ajude a melhorá-la, deem-me um feedback; se algum erro for detectado, que os aponte. Vamos fazer um trabalho colaborativo.
O resultado desta postagem e de muitas outras que virão será juntado em um PDF e também postado em um blogspot para fácil compartilhamento.
Reconheço que não é um tema de fácil compreensão, pelo menos para mim não o é ainda; faz 6 anos que publiquei meu livro, e agora mesmo preciso rever toda a explicação que dei para poder "pegar" uns pontos que gradualmente vão sumindo da mente.
Como muitos aqui sabem, a data de 1914 é o calcanhar de Aquiles da Torre de Vigia. Ela conta 2520 anos a partir da data que atribui para a destruição de Jerusalém, que é 607 aC, e chega à data e 1914. Os historiadores estão convictos que Jerusalém foi destruída uns 20 anos depois, em 587 aC. Se contados 2520 anos a partir da data dos historiadores, o ano mágico da Torre de Vigia seria 1934, não 1914. Claro que ela não pode admitir esse erro, pois, de acordo com sua interpretação, os eventos que aconteceram na organização de 1914 a 1919 foram resultados da posse de Cristo como rei do Reino de Deus; como não aconteceu nada de significativo na organização nos anos de 1934 a 1939, a Torre de Vigia não tem qualquer condição de corrigir sua cronologia com a adoção da data dos historiadores e ao mesmo tempo reafirmar que foi a organização escolhida por Deus nos anos 30 do século passado.
Dito de modo bem simples: A data de 1914 é o calcanhar de Aquiles da Torre de Vigia. Demostremos que Jerusalém não foi destruída em 607 aC, mas 20 anos depois, e a Torre desaba.
Não sei quantas pessoas deixaram a organização em razão disso. As pessoas podem deixar uma religião por enes motivos; do meu ponto de vista, em razão de eu considerar o detalhe da cronologia o ponto mais fraco da Torre, não sei com quanta convicção essas pessoas deixam a organização. Até fico tentado a pensar que muitas saem, mas continuam com uma certa insegurança, com uma preocupação sobre se estão realmente deixando uma falsa religião. Apesar disso, tenho conversado com várias extjs que saíram da organização e se declaram convictas que tomaram a decisão correta e, no entanto, confessam que a cronologia da Torre teve pouco ou nenhum efeito sobre a decisão que tomaram.
Seja como for, o trabalho que proponho pode ser uma ferramenta adicional que ficará à disposição na internet. Estou convicto que será um trabalho, um trabalhão, que valerá muito a pena.
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