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Mostrando postagens de dezembro, 2022

Cronologia relativa - fontes e metodologia

Para esta segunda parte deste trabalho, que chamo de cronologia relativa, vou consultar sistematicamente o capítulo três do livro  Os Tempos dos Gentios Reconsiderados , de Carl Olof Jonsson. Em 1977, Jonsson enviou ao Corpo Governante um material que continha as suas pesquisas; o resultado desse material custou a cabeça de Jonsson , mas não podia ficar de todo sem resposta. Em 1981, o Corpo Governante publicou o livro Venha o Teu Reino e fez constar um Apêndice de umas poucas páginas em que defendeu com toda a sua força a cronologia de 607 a.C. Quando a primeira edição do livro de Jonsson saiu, em 1983, não podia deixar de constar uma resposta ao livro Venha o Teu Reino . Essa resposta consta no capítulo sete de seu livro e será consultada para a composição deste trabalho. Fora a abordagem do verbete Cronologia , em Estudo Perspicaz das Escritura s, foi somente em 2011 que a Torre de Vigia voltou a revolver em assuntos de cronologia. Fez isso em uma série de dois artigos para a Se

Jesus Cristo - quando realmente se tornou rei?

Dado que não é possível afirmar que existe algo como uma vacância do poder de Deus, com um intervalo de 2520 anos, como ficou demonstrado no artigo anterior , o que se pode dizer das afirmações da Torre de Vigia de que Jesus Cristo assumiu um reino em 1914? Quando não se tem mais a “tábua de salvação” da doutrina da Torre de Vigia, que se mostra insustentável diante de um exame mais rigoroso, essa é uma pergunta válida. Todo o Novo Testamento fala sobre o reino de Jesus Cristo, ou Reino de Deus. Há muitas declarações sobre Jesus Cristo com poderes de rei e sobre seus fiéis ascenderem ao céu para reinar com Cristo. Para a Torre de Vigia, Jesus Cristo assumiu sua maior autoridade em 1914. O Novo Testamento, porém, coloca Jesus como rei desde o primeiro século, desde a sua ascensão ao céu. Ele nos livrou da autoridade da escuridão e nos transferiu para o reino do seu Filho amado (Colossenses 1:13) O sétimo anjo tocou a sua trombeta. E houve vozes altas no céu, dizendo: “ O reino do mun

Os "sete tempos" - significam mesmo 2520 anos?

Se você alguma vez pegou um livro de doutrinas básicas das Testemunhas para investigar alguma coisa sobre a data de 1914, pode ter-se deparado com algumas imagens parecidas com esta abaixo. A imagem acima foi postada em um artigo anterior desta série, onde demonstrei que a Torre de Vigia apresenta uma explicação demasiadamente resumida da doutrina que é fundamental na religião. E não adianta deixar de lado os livros de doutrinas básicas e ler gorduchos livros de profecias; as explicações são as mesmas, e por vezes mais sucintas. Como visto neste artigo , A Torre de Vigia combina informações de cinco livros bíblicos diferentes e conclui que 2520 anos deveria se passar entre a queda de Jerusalém, que marcou o fim do último rei humano da linguagem de Davi, até a posse de Jesus Cristo como rei do Reino de Deus. Quanta confiança podemos depositar na análise da Torre de Vigia? Vejamos. A visão do capítulo quatro de Daniel é um sonho de Nabucodonosor, que ele não consegue ter a interpretação

Os "setenta anos" de Zacarias

Além das passagens de Daniel e Crônicas , a Torre de Vigia recorre a duas declarações de Zacarias como evidência de que Jerusalém ficou desabitada, ou devastada por exatos 70 anos, e não 48, como aponta a história secular.  As declarações constam em Zacarias 1 e Zacarias 7. Analisemo-las. Zacarias 1:12 (Zacarias 1:7,12) No vigésimo quarto dia do décimo primeiro mês, que é o mês de sebate, no segundo ano de Dario , veio a haver a palavra de Jeová para Zacarias… 12 De modo que respondeu o anjo de Jeová e disse: “Ó Jeová dos exércitos, até quando não terás misericórdia com Jerusalém e com as cidades de Judá, que verberaste por estes setenta anos? (TNM, edição de 1986). Zacarias recebe a mensagem divina em Jerusalém “no segundo ano de Dario”, cerca de 20 anos após a queda de Babilônia, conforme pode ser visto na imagem abaixo.  Ciro autorizou a volta dos judeus para Jerusalém logo que assumiu o domínio da Babilônia. Uma das principais comissões dos judeus que retornavam era reconstruir o