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Mostrando postagens de novembro, 2022

Sumário

PARTE I - CONCEITOS E INTRODUÇÃO 01 - 1914 - O calcanhar de Aquiles da Torre de Vigia 02 - Informações sonegadas nos livros de estudos 03 - O depoimento de Raymond Franz 04 - A reação do Corpo Governante às pesquisas de Jonsson 05 - Confusão matemática nos cálculos da Torre 06 - Combinação ano a ano / Reis de Babilônia, Judá e Egito 07 - O cativeiro da Babilônia Os 70 anos 08 - Os 70 anos da profecia 09 - O que realmente diz a profecia dos 70 anos 10 - Sobre quando Babilônia se tornou potência regional 11 - Sobre quando começou e terminou o período de dominação 12 - Como ler Daniel 1 13 - Setenta anos "em" Babilônia? 14 - Os "70 anos" de Daniel e Crônicas 15 - Os "70 anos" de Zacarias Os "Sete Tempos" 16 -  Os "sete tempos" - significam mesmo 2520 anos? 17 - Jesus Cristo - quando realmente se tornou rei? PARTE II - CRONOLOGIA RELATIVA 18 - Cronologia relativa - fontes e metodologia 19 - Os reis da era neobabilônica 20 - ( Evid 1 )  His

Os "70 anos" de Daniel e Crônicas

Conforme mostrado anteriormente , existem quatro passagens bíblicas que fazem referência aos 70 anos da profecia de Jeremias. A passagem de Daniel e Crônicas serão consideradas juntas por terem basicamente o mesmo sentido, a saber, parecem dar sentido ao conceito da Torre de Vigia de que Jerusalém ficaria desabitada por 70 anos, desde a queda de Jerusalém e deportação dos judeus até o retorno deles, após a queda de Babilônia. Referente a Daniel. (Daniel 9:1, 2) No primeiro ano de Dario , que era filho de Assuero, descendente dos medos, e que tinha sido feito rei sobre o reino dos caldeus, sim, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelos livros o número de anos para se cumprir a desolação de Jerusalém , conforme mencionado na palavra de Jeová dirigida ao profeta Jeremias; seriam 70 anos . Para efeito de clareza, note que Daniel diz no primeiro versículo que narra os eventos que lhe aconteceram “no primeiro ano de Dario”, isto é, em algum tempo nos meses subsequentes à

Setenta anos "em" Babilônia?

Na apresentação da profecia foram listadas seis passagens bíblicas sobre os 70 anos. Até agora analiso a primeira, que é justamente a profecia; ela foi proferida no quarto ano do reinado de Jeoiaquim, que correspondia ao ano de ascensão de Nabucodonosor. Naquele ano, como visto na postagem anterior , foram levados para Babilônia os primeiros cativos. Cerca de 11 anos depois, no final do reinado de três meses de Joaquim, foram levados para Babilônia outra leva de cativos, inclusive o rei Joaquim; em seu lugar, Nabucodonosor nomeia Zedequias, que será o rei de Jerusalém pelos últimos 11 anos do reino judaico (2Rs 24:14-18). E foi durante o reinado de Zedequias, exatamente no quarto ano, conforme Jeremias 28:1, que Jeremias enviou uma carta aos exilados em Babilônia - uma carta que pode ser lida na íntegra no capítulo 29 de seu livro; nesta postagem nos interessa uma única declaração do capítulo 29. “Pois assim diz Jeová: ‘Quando se completarem 70 anos em Babilônia, voltarei a minha aten

Como ler Daniel 1

Já fiz quatro postagens sobre a profecia registrada no capítulo 25 de Jeremias. Aqui ficou demonstrado que os 70 anos da profecia se referem a um período de tempo em que nações vizinhas de Judá serviriam ao rei de Babilônia. Aqui e aqui  ficou estabelecido que os 70 anos começaram em 609 a.C., com o fim definitivo do império assírio, e terminaram em 539 a.C., quando a capital do império babilônico caiu sob domínio persa. Agora é preciso voltar nossa atenção para um pequeno detalhe da profecia: (Jeremias 25:9) Estou convocando todos os povos do norte”, diz Jeová, “estou convocando o meu servo Nabucodonosor, rei de Babilônia, e vou trazê-los contra esta terra , contra os seus habitantes e contra todas as nações ao redor. (Jeremias 27:8) Se alguma nação ou reino se recusar a servir a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e se recusar a pôr o pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, eu punirei essa nação com a espada, a fome e a peste’, diz Jeová, ‘até que eu os tenha eliminado pelas mãos d

Sobre quando começou e terminou o período de dominação

O exame que fizemos até aqui da profecia de Jeremias já nos indicou que ela não significa um período de tempo de desolação ou devastação para a terra de Judá, mas um período de servidão ao rei de Babilônia a que nações vizinhas de Judá seriam submetidas. Na postagem anterior ficou demonstrado que foi no ano de 605 a.C. que as nações vizinhas de Judá começaram a ficar sob a autoridade de Babilônia. Resta agora saber a resposta a uma pergunta fundamental: quando começou e quando terminou o período de 70 anos da profecia? Uma releitura da profecia agora faz-se necessária: (Jeremias 25:11,12) E toda esta terra será reduzida a ruínas e se tornará um motivo de terror, e essas nações terão de servir ao rei de Babilônia por 70 anos.”’ 12 “ ‘Mas, quando se completarem 70 anos, ajustarei contas com o rei de Babilônia e aquela nação por causa dos seus erros’, diz Jeová, ‘e farei da terra dos caldeus um deserto desolado para sempre. Está registrado nos livros de história que Babilônia caiu sob do

Sobre quando Babilônia se tornou potência regional

E toda esta terra será reduzida a ruínas e se tornará um motivo de terror, e essas nações terão de servir ao rei de Babilônia por 70 anos  (Jeremias 25:11) . Consoante com o verdadeiro significado dos 70 anos, conforme visto na postagem anterior, por agora vale perguntar quando começou o período de dominação da Babilônia sobre as nações vizinhas de Judá . A Torre de Vigia coloca o início do período no ano da destruição de Jerusalém e lhe atribui o significado de desolação, devastação, para a terra de Judá. A profecia explicitamente diz tratar-se de um período de servidão a Babilônia por parte de nações vizinhas. O que revelam os fatos históricos da época? Na sua lista de sete potências mundiais, a Torre de Vigia coloca a Assíria antes de Babilônia. Por aquela época, a Assíria dominava toda a região da Babilônia , como pode ser visto no mapa abaixo. Como o império assírio se tornou muito vasto, era comum que governadores fossem colocados para administrar partes do império. E assim fazia

O que realmente diz a profecia dos 70 anos

Na postagem anterior , fiz umas declarações que repito aqui: Se o primeiro líder da Torre de Vigia tivesse feito um estudo cuidadoso [da profecia de Jeremias], teria evitado muito embaraço para os futuros líderes….Quando a data de 1914 chegou até o grupo, foram incapazes de encontrar qualquer equívoco na interpretação. Lembremos que a Torre interpreta as palavras de Jeremias como uma declaração de que Jerusalém ficaria desabitada por 70 anos, que esse período de tempo começa a ser contado a partir da destruição de Jerusalém pelo exército de Nabucodonosor. Em um primeiro momento precisamos esclarecer que Torre de Vigia e historiadores estão de acordo que Nabucodonosor destruiu Jerusalém no seu 18º ano de reinado, que correspondia ao 11º ano de reinado de Zedequias, o último rei de Judá; que Zedequias sucedeu a Jeoiaquim, que reinou por quase 11 anos também (Joaquim reinou por 3 meses após a morte de Jeoiaquim, até ser substituído por Zedequias). Quando se subtrai os 18 anos de reinado d

Os 70 anos da profecia

Nota : Carl Olof Jonsson trata de discutir como se cumpriu a profecia dos 70 anos no final de seu livro, depois de mostrar que Jerusalém não foi destruída em 607 a.C., como diz a Torre de Vigia, mas em 587 a.C., o que perfaz um intervalo de apenas 48 anos até a queda de Babilônia. Com isso, é apenas natural ficar a pergunta sobre como se cumpre, então, a profecia dos 70 anos. Eu vou adotar um método diferente e considerar desde já o significado dos 70 anos. Se o primeiro líder da Torre de Vigia houvesse feito um estudo cuidadoso desta profecia, teria evitado muito embaraço para os futuros líderes. ------------------------------------------- A Torre de Vigia, diga-se de passagem, é bem meticulosa na aplicação de textos bíblicos em suas doutrinas. Pode-se concordar com ela ou não, mas não se pode negar que ela faz um estudo sistemático da Bíblia, e contribui para isso o seu enorme acervo de enciclopédias bíblicas e vasta literatura teológica das mais diversas religiões. Quem gosta de pes