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Como ler Daniel 1

Já fiz quatro postagens sobre a profecia registrada no capítulo 25 de Jeremias. Aqui ficou demonstrado que os 70 anos da profecia se referem a um período de tempo em que nações vizinhas de Judá serviriam ao rei de Babilônia. Aqui e aqui  ficou estabelecido que os 70 anos começaram em 609 a.C., com o fim definitivo do império assírio, e terminaram em 539 a.C., quando a capital do império babilônico caiu sob domínio persa.

Agora é preciso voltar nossa atenção para um pequeno detalhe da profecia:

(Jeremias 25:9) Estou convocando todos os povos do norte”, diz Jeová, “estou convocando o meu servo Nabucodonosor, rei de Babilônia, e vou trazê-los contra esta terra, contra os seus habitantes e contra todas as nações ao redor.

(Jeremias 27:8) Se alguma nação ou reino se recusar a servir a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e se recusar a pôr o pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, eu punirei essa nação com a espada, a fome e a peste’, diz Jeová, ‘até que eu os tenha eliminado pelas mãos dele.

A parte destacada em negrito indica que a ira punitiva de Jeová também incluía a terra de Judá, e o capítulo 27, versículo 8, conforme transcrito acima, indica quais seriam as consequências de uma insurreição contra Nabucodonosor, a saber, a punição pela espada, que podia incluir a deportação para terras estrangeiras.

Como se sabe, os reis de Jerusalém da época não aceitaram passivamente ficar sob a autoridade de Babilônia, e o resultado foi a deportação, que aconteceu no 18º ano de Nabucodonosor. A Torre de Vigia afirma que Jeoiaquim estava sob a autoridade de Babilônia nos seus três últimos anos de reinado, que começara por volta do ano 600 a.C., na conta dos historiadores, e por volta do ano 620 a.C., de acordo com sua cronologia particular.

Porém, há evidências na Bíblia de que a terra de Judá foi colocada sob influência de Babilônia logo após a batalha de Carquemis, no quarto ano de Jeoiaquim, que coincide com o ano de ascensão de Nabucodonosor.

Isso está escrito no primeiro capítulo de Daniel, conforme transcrito abaixo:

(Daniel 1:1, 2) No terceiro ano do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei de Babilônia, chegou a Jerusalém e a sitiou. 2 E Jeová entregou nas suas mãos Jeoiaquim, rei de Judá, junto com alguns dos utensílios da casa do verdadeiro Deus, e ele os levou para a terra de Sinear, para a casa do seu deus.

O detalhe de que Nabucodonosor sitiou Jerusalém “no terceiro ano do reinado de Jeoiaquim” tem causado muita confusão entre os intérpretes da Bíblia, visto que, conforme foi mostrado anteriormente, o 4º ano de Jeoiaquim é que corresponde ao 1º ano de reinado de Nabucodonosor, quando se aplica o método judaico de contagem de reinados aos reis de Babilônia. Como já expliquei, foi no seu ano de ascensão como rei de Babilônia, correspondente ao ano de 605 a.C., que Nabucodonosor apossou-se das regiões a oeste da Babilônia, que incluía a Palestina. Portanto, foi somente a partir do 4º de Jeoiaquim que Nabucodonosor tinha acesso livre à terra de Judá e podia sitiar Jerusalém.

Deixemos as coisas nesse ponto e acrescentemos mais alguns detalhes ao nosso estudo.

O primeiro capítulo de Daniel não se restringe a dizer que Nabucodonosor sitiou Jerusalém e levou utensílios para Babilônia:

(Daniel 1:3, 6) O rei então ordenou a Aspenaz, principal oficial da corte, que trouxesse alguns israelitas, incluindo os de descendência real ou nobre… Entre eles, havia alguns da tribo de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias.

Que esse ataque à terra de Judá pode mesmo ter acontecido bem no início do reinado de Nabucodonosor, depreende-se do fato de que Daniel é levado ao palácio real já no segundo ano do rei babilônio, conforme o capítulo 2 de Daniel:

(Daniel 2:1, 25) No segundo ano do seu reinado, Nabucodonosor teve diversos sonhos, e ele ficou tão agitado que não conseguia dormir… Arioque levou Daniel depressa à presença do rei e lhe disse: “Achei um homem entre os exilados de Judá que pode revelar a interpretação ao rei.

Apesar dessas evidências, a Torre de Vigia nega a possibilidade de um ataque à terra de Judá no começo do reinado de Nabucodonosor, conforme pode ser lido em Daniel 1.

Não podia ser o terceiro ano do reinado de 11 anos de Jeoiaquim sobre Judá, pois, naquele tempo, Jeoiaquim não era vassalo de Babilônia, mas sim do Faraó Neco, do Egito (Estudo Perspicaz das Escrituras, verbete Jeoiaquim).

Isso é verdade. O faraó Neco faz uma excursão à Palestina no ano de 609 a.C. para auxiliar os assírios na luta contra Nabucodonosor. Nesse percurso, tem um confronto com o rei Josias de Judá, que é morto, e Neco torna Judá uma nação tributária do Egito e nomeia Jeoiaquim como seu novo rei. O domínio de Neco sobre a Palestina durará até o 4º ano de Jeoiaquim, quando ocorre a batalha de Carquemis e Neco é miseravelmente derrotado e forçado a recuar em definitivo para o Egito (Ver postagem número #10).

Depois dessa batalha, o caminho de Nabucodonosor até Judá ficara desimpedido, com possibilidade de ser justamente no ano dessa batalha, em 605 a.C., que Nabucodonosor veio a Jerusalém e levou para Babilônia utensílios do Templo além de cativos, como Daniel e seus três amigos.

Neste ponto, se Nabucodonosor realmente veio a Judá no ano em consideração, uma declaração de 2 Reis 24 parece nos dizer o que aconteceu desse ano em diante:

(2 Reis 24:1) Nos dias de Jeoiaquim, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra ele, e Jeoiaquim se tornou seu servo por três anos. Mas ele se voltou contra Nabucodonosor e se rebelou.

A rebelião de Jeoiaquim, depois de “três anos”, seria por volta do seu 7º ou 8º ano de reinado, correspondente aos anos de 602 a.C. ou 601 a.C. Considerando que seu reinado de quase 11 anos terminaria uns quatro anos depois, no ano de 598 a.C., esse intervalo de tempo parece ser adequado aos acontecimentos descritos no versículo seguinte:

(2 Reis 24:2) Então Jeová começou a enviar contra Jeoiaquim bandos de saqueadores caldeus, sírios, moabitas e amonitas. Ele continuou a enviá-los a fim de destruir Judá, segundo a palavra que Jeová tinha falado por meio dos seus servos, os profetas.

Toda essa explicação, que é resumida na imagem acima, esbarra em um problema: como conciliar a declaração de Daniel 1 de que Nabucodonosor atacou Jerusalém no terceiro ano de Jeoiaquim se nesse ano toda a terra de Judá estava sob domínio egípcio e a batalha de Carquemis só ocorreria no ano seguinte?

A Torre de Vigia apresenta a seguinte explicação:

Segundo Reis 24:1 mostra que Nabucodonosor pressionava o rei de Judá, “e Jeoiaquim tornou-se assim seu servo [ou vassalo] por três anos. No entanto, [Jeoiaquim] recuou e se rebelou contra ele [Nabucodonosor]”. Evidentemente, é a este terceiro ano de Jeoiaquim como rei vassalo de Babilônia que Daniel se refere em Daniel 1:1. Não podia ser o terceiro ano do reinado de 11 anos de Jeoiaquim sobre Judá, pois, naquele tempo, Jeoiaquim não era vassalo de Babilônia, mas sim do Faraó Neco, do Egito. Foi somente no quarto ano do governo de Jeoiaquim sobre Judá que Nabucodonosor derrubou o domínio egípcio sobre a Síria-Palestina com sua vitória em Carquemis (625 AEC [evidentemente depois de nisã]). (Je 46:2) Visto que a revolta de Jeoiaquim contra Babilônia levou à sua queda, depois de cerca de 11 anos no trono, o início da sua vassalagem de três anos a Babilônia deve ter começado perto do fim de seu oitavo ano de governo, ou no início de 620 AEC (Estudo Perspicaz das Escrituras, verbete Jeoiaquim)

Como visto acima, a Torre de Vigia relacionou o “terceiro ano” de Daniel 1:1 com os “três anos” em que Jeoiaquim foi vassalo de Babilônia; ela também joga esses três anos de vassalagem para frente, para que o seu fim coincida com o último ano de reinado de Jeoiaquim e, surpreendentemente, ignora por completo que, entre a rebelião de Jeoiaquim e o fim de seu reinado, é preciso haver tempo suficiente para os eventos descritos em 2 Reis 24:2. A imagem abaixo é uma representação visual dessa explicação.

Mesmo que o tempo necessário para os eventos narrados em 2 Reis 24:2 não ocupe necessariamente 4 anos, parece muito evidente que não é possível prensá-los em apenas uns poucos meses, como parece requerer a explicação da Torre de Vigia. Outro obstáculo a essa leitura pode ser visto no fato de que, se Nabucodonosor não atacou Jerusalém bem no início do seu reinado e levado nessa ocasião alguns judeus para Babilônia, conforme Daniel 1:3,6, não teria sido possível que Daniel fosse levado à presença de Nabucodonosor já no seu 2º ano de reinado, como diz Daniel 2:1,25.

Referente a Daniel 2:1, a Torre de Vigia surge com uma explicação no mínimo bem esquisita:

Quando foi que Nabucodonosor teve o sonho da enorme imagem? O relato diz que foi “no segundo ano do reinado de Nabucodonosor”. Ele se tornou rei no ano 624 AEC. Assim, o segundo ano de seu reinado começou em 623 AEC — anos antes de ele invadir Judá. Nabucodonosor não poderia ter tido o sonho nesse ano, pois Daniel ainda não estava em Babilônia para interpretá-lo. Pelo visto, o “segundo ano” é contado a partir de 607 AEC, quando o rei de Babilônia destruiu Jerusalém e se tornou governante mundial (A Sentinela de 1º de setembro de 2007, página 18).

Como pode ser visto, a Torre arbitrariamente toma a queda de Jerusalém como um ponto de partida de contagem de anos de reinados, que serve apenas para justificar a sua interpretação de Daniel 1:1. A esse respeito, Jonsson questiona:

Por que ele [Daniel] não contou os anos de reinado desta maneira estranha em qualquer outra parte do livro dele, como por exemplo nos versículos 7:1, 8:1, 9:1, e 10:1, onde ele segue o método habitual de contar anos de reinado? Antes de adotar tais explicações forçadas, não seria melhor buscar uma solução mais simples e mais natural? (Os Tempos dos Gentios Reconsiderados, página 403).

Dada a explicação inusitada da Torre de Vigia, Carl Olof Jonsson tem um “e se” que possibilita uma explicação mais natural para o uso do termo "terceiro ano” usado por Daniel para se referir ao 4º ano do reinado de Jeoiaquim.

Segundo Jonsson, Daniel possivelmente aplicou o método de contagem de anos de reinado de Babilônia ao reinado de Jeoiaquim. Como em Babilônia não se levava em conta o ano de ascensão na contagem de reinados, o 4º ano de Jeoiaquim como rei de Judá seria naturalmente o seu 3º ano se o 1º fosse considerado seu ano de ascensão. Essa explicação, se aceita, pode também explicar como Daniel podia ser levado à corte de Babilônia já no 2º ano do reinado de Nabucodonosor.

Que Nabucodonosor pode ter vindo a Jerusalém já no começo do seu reinado tem indicação também nos registros de Beroso, sacerdote babilônio do século III a.C. Quando narra os eventos da batalha de Carquemis, conforme já visto em postagem anterior, Beroso escreve o seguinte:

Nabouchodonosoros soube da morte de seu pai logo depois. Depois de por em ordem os assuntos no Egito e no território restante, ele ordenou que alguns de seus amigos trouxessem judeus, fenícios, sírios e egípcios como prisioneiros juntamente com a maior parte do exército e o resto do despojo para Babilônia. Ele mesmo partiu com alguns companheiros e cruzando o deserto chegou a Babilônia (Os Tempos dos Gentios Reconsiderados, página 243).

Um registro da época, agora preservado no Museu Britânico com nome BM 21 946, descreve que a conquista de Hatu, que incluía a Palestina, foi plena já no primeiro ano de Nabucodonosor.

“Primeiro ano de Nabucodonosor (II): No mês de sivã ele reuniu seu exército e marchou para Hatu. Até o mês de quisleu ele marchou vitoriosamente por Hatu. Todos os reis de Hatu vieram à sua presença e ele recebeu deles o vasto despojo”. (Os Tempos dos gentios Reconsiderados, página 407)

Segundo Jonsson, não há razão para se concluir que o rei de Judá naquele ano, que era Jeoiaquim, tenha sido poupado de pagar tributos. Também não há razão aparente sobre por que Jeoiaquim seria deixado livre por uns quatro anos, de 605 a.C. até por volta de 601 a.C. ou 600 a.C., como requer a explicação da Torre de Vigia.

Um outro detalhe que se junta às evidências a favor desta linha de pensamento consta em 2 Crônicas 36, que lista três ataques de Babilônia à terra de Judá, sendo que o último foi o golpe final e corresponde à queda de Jerusalém no 18º ano de Nabucodonosor.

(2 Crônicas 36:7) E Nabucodonosor levou alguns dos utensílios da casa de Jeová para Babilônia e os pôs no seu palácio em Babilônia. 

2 Crônicas 36:10) . . .No início do ano, o rei Nabucodonosor mandou trazê-lo a Babilônia, junto com objetos valiosos da casa de Jeová. 

(2 Crônicas 36:17, 18) Portanto, ele fez vir contra eles o rei dos caldeus, que matou os seus jovens à espada no santuário; ele não teve compaixão nem dos rapazes nem das moças, nem dos idosos nem dos doentes. Deus entregou tudo nas mãos dele. 18 Todos os utensílios da casa do verdadeiro Deus, grandes e pequenos, bem como os tesouros da casa de Jeová e os tesouros do rei e dos seus príncipes — tudo ele levou para Babilônia.

A Torre de Vigia funde os dois primeiros ataques em um só, mas uma leitura detalhada mostra que isso não é possível. Veja a imagem abaixo.

Em sua tentativa de levar em conta três ataques dos babilônios à cidade de Jerusalém, mas sem se comprometer com um ataque exclusivamente no reinado de Jeoiaquim, com todas as características detalhadas em 2 Crônicas 36, a Torre de Vigia evita até mesmo discutir 2 Crônicas 36, como pode ser visto no índice de suas publicações, quando relaciona os eventos anteriores à queda de Jerusalém.

Os versículos 7 e 8, que são mais comprometedores, nunca foram discutidos nas publicações, como pode ser visto na imagem abaixo.

Que a organização religiosa realmente funde os dois primeiros ataques descritos no capítulo 36 de 2 Crônicas pode ser visto no fato de que, quando discute os últimos dias de Jeoiaquim, que parece ter morrido em um sítio à cidade de Jerusalém, ela cita o versículo 6 de 2 Crônicas 36 - um versículo que está no contexto do primeiro ataque à cidade de Jerusalém.

Seja qual for o meio pelo qual ocorreu a morte de Jeoiaquim, parece que os grilhões de cobre que Nabucodonosor trouxera para acorrentar Jeoiaquim não foram usados conforme planejado. — 2Cr 36:6 (Estudo Perspicaz das Escrituras, verbete Jeoiaquim).

Por fim, uma última olhada em Daniel 1:1 trás outra indicação de que o profeta trata de um ataque a Jerusalém durante o reinado de Jeoiaquim, que se faz diferente do ataque à cidade no seu último ano de reinado:

(Daniel 1:1, 2) No terceiro ano do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei de Babilônia, chegou a Jerusalém e a sitiou. 2 E Jeová entregou nas suas mãos Jeoiaquim, rei de Judá.

Esta última declaração soa estranho quando se leva em conta que, quando Nabucodonosor sitiou Jerusalém, nos últimos dias do reinado de Jeoiaquim, foi seu filho Joaquim que se rendeu, e não Jeoiaquim, como diz Daniel.

(2 Reis 24:10-12) Naquele tempo, os servos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, subiram contra Jerusalém, e a cidade foi cercada. 11 Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio à cidade enquanto ela estava cercada pelos seus servos. 12 Joaquim, rei de Judá, entregou-se ao rei de Babilônia, junto com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus oficiais da corte; e o rei de Babilônia, no oitavo ano do seu reinado, levou-o cativo.

Jeoiaquim possivelmente morreu durante o cerco à cidade; isso tornou necessário que Joaquim assumisse o trono e justifica porque foi ele que se rendeu a Nabucodonosor, como diz o escritor de Reis.

Todas as evidências aqui analisadas apontam para um primeiro ataque à cidade de Jerusalém no início do reinado de Nabucodonosor, já no 4º ano do reinado de Jeoiaquim ( ou no seu 3º ano, se levado em conta o método de contagem de reinados usado em Babilônia). Se aceito essa linha de pensamento, também fica esclarecido porque Daniel podia ser levado à corte de Babilônia no 2º ano do rei Nabucodonosor, sem que seja necessário recorrer a uma explicação esquisita, como faz a Torre de Vigia. Também permite que, após a rebelião de Jeoiaquim, depois de três anos de vassalagem a Babilônia, houvesse tempo suficiente para sucessivas ondas de ataque à terra de Judá, conforme 2 Reis 24:2, que culminaria na queda de Jeoiaquim, depois de 11 anos de reinado.

(Assim, Daniel 1:1 em diante apóia fortemente a conclusão de que Judá se tornou um vassalo de Babilônia dezoito anos antes da destruição de Jerusalém em 587 A.E.C., confirmando a conclusão de que os setenta anos (Jeremias 25:11; 29:10) devem ser entendidos como um período de servidão, não de desolação (Os Tempos dos Gentios Reconsiderados, página 394).



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