A Torre de Vigia afirma que Jerusalém foi destruída na data de 607 a. C. No entanto, as sete evidências apresentadas até aqui atestam categoricamente a data dos historiadores, que é 587 a.C. Um resumo das evidências é mostrado abaixo, para fácil consulta.
Evidência 1.
Os historiadores clássicos Ptolomeu e Beroso, que viveram alguns séculos depois do período neobabilônico, forneceram os nomes dos reis do período neobabilônico bem como também a duração de seus respectivos reinados, que é como segue:
- Nabopolassar - reinou por 21 anos, de 625 a 605 a.C.
- Nabucodonosor - reinou por 43 anos, de 604 a 562 a.C.
- Avil-Marduque - reinou por 2 anos, de 561 a 560 a.C.
- Neriglissar - reinou por 4 anos, de 559 a 556 a.C.
- Labashi-Marduque - reinou por alguns meses, em 556 a.C.
- Nabonido - reinou por 17 anos, de 555 a 539 a.C.
A soma dos reinados é de 87 anos. Visto que é amplamente documentado que Ciro começou seu reinado em 538 a.C., os anos de início e fim de cada reinado de seus antecessores podem ser facilmente calculados. A Bíblia afirma que Jerusalém foi destruída no 18º ano do reinado de Nabucodonosor. Se o primeiro ano de Nabucodonosor foi 604 a.C., então o seu 18º ano corresponde a 587 a.C.
As fontes de Ptolomeu e Beroso muito provavelmente foram as crônicas babilônicas e as listas de reis; como são evidentes cópias de registros mais antigos, esses documentos não podem ser tomados como testemunhos inquestionáveis.
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Evidências 2 e 3.
As inscrições reais, como o nome diz, trata-se de registros escritos para descrever atividades dos reis babilônios ou eventos relacionados a eles. Diferente das crônicas e listas de reis, as inscrições são documentos originais. Três inscrições do tempo de Nabonido confirmam todas as informações fornecidas por Ptolomeu e Beroso; apesar de originais, nem mesmo esses documentos estão isentos de críticas, visto que os redatores, quer por ignorância ou de forma deliberada, podiam fornecer informações erradas sobre os acontecimentos de seus dias ou de décadas passadas.
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Evidência 4.
Os babilônios já possuíam um bem difundido hábito de registrar as atividades comerciais, administrativas e jurídicas. Estes registros tinham a particularidade de serem datados com o ano e o nome do rei da época. Foram encontrados muitos milhares desses registros, e nenhum nome novo aparece no registro e nenhum rei reinou mais do que já se sabe. Dado que não é razoável concluir que houve um complô popular para omitir o nome de um ou alguns reis, esses registros feitos pelo povo ao longo de quase 90 anos fornecem um fortíssimo testemunho de que as informações apresentadas por Beroso e Ptolomeu estão corretas.
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Evidências 5 e 6.
Estas duas evidências são fundamentadas pelos registros datados apresentados na evidência anterior.
À base desses registros, é possível rastrear as atividades de várias pessoas e famílias através da era neobabilônica, e aqui entra-se no tema da Prosopografia. A este respeito, o caso da empresa Egibi é especialmente importante; visto que a sua diretoria esteve em atividade por 81 anos, até 521 a.C., é possível concluir que ela começou suas atividades no ano de 602 a.C. (521 + 81 = 602), e o registro datado mais antigo é do 3º de Nabucodonosor. Se 602 a.C. foi o 3º ano de Nabucodonosor, evidentemente o seu 18º ano foi 587 a.C. Também com base em dados prosopográficos, pode-se verificar a expectativa de vida da era neobabilônica; se 20 anos forem acrescentados àquele período, então uma grande quantidade de pessoas centenárias surgem no registro histórico, e isso, pelo que se sabe, é incompatível com a expectativa de vida conhecida para a região naquela época.
Os registros datados também permitem verificar se há alguma margem para se concluir que os reis babilônios não sucederam um ao outro tal como se conhece. Dado que há milhares de documentos datados, é possível verificar não somente o ano, mas também o mês em que houve a transição de reinado; com isso, elimina-se qualquer margem para haver ainda algum rei desconhecido no registro histórico.
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Evidência 7.
O Egito é um país que fica ao sul da Palestina e houve interação entre Egito e Israel em várias ocasiões; durante o período neobabilônico identificou-se pelo menos quatro interações (pontos de contato). Como a cronologia do Egito pode ser confirmada de forma independente, isto é, sem que se use a cronologia de Babilônia ou de Israel para calibrá-la, essa cronologia pode ser usada para verificar se os pontos de contatos admitem um recuo de 20 anos na data da destruição de Jerusalém. Em um ponto de contato, que está registrado no capítulo 44 de Jeremias, relata-se que o faraó Hofra reina no Egito logo após a destruição de Jerusalém; como esse faraó subiu ao trono apenas em 589 a.C., ele jamais poderia ser citado por Jeremias se a destruição de Jerusalém houvesse ocorrido em 607 a.C. Porém, se se considerar que Jerusalém foi destruída em 587 a.C., então a referência a esse faraó ganha sentido.
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Não deixe de acessar o blog JW 1914 para conhecer as próximas evidências a serem apresentadas; trata-se das evidências baseadas em eclipses e posições lunares.
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